quinta-feira, 26 de março de 2009

não seria melhor "distribuir canas de pesca em vez de dar o peixe"?

Durante décadas a comunidade internacional enviou milhões em dinheiro para Africa. Lembro-me inclusivé de uma acção espectacular nos anos 80 do sec.xx: a música "USA For Africa" correu o mundo inteiro e ainda hoje emociona quem a ouve. Os melhores artistas/cantores juntaram-se e lançaram uma das maiores campanhas de sempre de ajuda a um continente! Foi algo impressionante!
Muito dinheiro foi angariado para Africa, mas resultou? Melhorou algo? Não! infelizmente... o continente está pior. Mas porque está pior? com tanto dinheiro angariado... com tantas ajudas. Pode-se especular: talvez o dinheiro não lá tenha chegado todo, tendo sido "desviado" por alguns... algo comum, infelizmente, no mundo corrupto em que vivemos, como se prova com esta crise que atravessamos...; Sendo um continente riquissimo em recursos naturais talvez alguns "poderosos" não queiram o seu desenvolvimento para, na sua ganancia, exercerem o seu dominio e o explorarem com a mão de obra barata (ou mesmo escrava) escapando a qualquer controlo financeiro por parte de qualquer entidade; Pode-se dizer que é um continente imenso com milhões de pessoas e o dinheiro e os programas de ajuda não foram bem aplicados ou não foram o suficiente...
Seja por que for, o certo é que falhou!
Mas o que me preocupa, e muito, é que agora quem precisa de ajuda é o mundo inteiro!!!
E a solução que os governos estão a aplicar é a mesma... "vamos enviar dinheiro!!!"
É estranho comparar a forma como se "ajudou" Africa à forma como estão a tentar resolver esta crise mundial... mas analogamente vai dar ao mesmo. E o resultado, como se vê, é identico!
Digo eu, não seria melhor "distribuir canas de pesca em vez de dar o peixe"?

sexta-feira, 20 de março de 2009

"FED and Bank of England are Bankrupt"

Surpreendeu-me ouvir um economista amigo meu, nos EUA, dizer-me que o "FED and Bank of England are Bankrupt"... chamei-lhe de "crazy"! Naturalmente que as consequências seriam devastadoras! O pior é que, pelos vistos, não é tão louco assim: Questionou-me se eu não tinha ouvido o Primeiro Ministro Chinês preocupado com a dívida americana à China... e a apelar aos EUA para se manterem "financeiramente credíveis". São mais de um trilião de dólares...
Ora...esta declaração só faz sentido se os EUA estiverem perto da bancarrota... e os chineses correrem o risco de ficarem a "arder"...
E agora "os Mandarins" dizem que querem substituir o dólar como moeda internacional...
A situação é grave... espero que os grandes responsáveis por esta crise internacional não utilizem a solução "destruir para construir", novamente...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Referendo à constituição Europeia: “… papá, isso é pôr os carros à frente dos bois!” - Escrito em 2007-07-02 11:20:15


Conversava eu animadamente com o meu filho sobre os números, letras e alguns aspectos educacionais – posturas que devemos tomar perante a sociedade –, quando ele me questiona:
- Papá, o que é a constituição europeia?
Apesar de saber que o meu menino tem uma inteligência acima da média, fiquei surpreendido com a pergunta… afinal, ele ainda é muito novinho. Tem-se falado muito sobre o assunto na comunicação social e lá deve ter ouvido. Puxei pela cabeça, e tentei lhe explicar, o mais objectivamente possível:
- A nossa sociedade é assente num conjunto de leis – normas que temos de respeitar para uma saudável vivência entre as pessoas, instituições…, e que servem também para nos proteger das pessoas menos boas –, e a constituição europeia é um texto que vai servir de base para se elaborarem essas leis, que neste caso será comum aos vários países que fazem parte da comunidade europeia.
“Bem…” – pensei – “espero que ele me tenha entendido”.
Este é um assunto complexo para alguém com a idade dele. Aliás, há muitos adultos que não sabem o que é a uma “Constituição”:
Uma constituição é a norma fundamental do ordenamento jurídico de um país ou seja, a Lei fundamental de um estado, da qual todas as leis são subsidiárias.


O rapaz, dentro da curiosidade que caracteriza as crianças, coloca-me outra surpreendente questão:


- O que é um referendo?


Percebi de imediato onde ele queria chegar: Com certeza ouviu falar sobre o possível referendo à constituição europeia. Tem-se discutido se se deve ou não realizar um.


- Filho, quando há uma decisão muito importante de interesse nacional para se tomar, os portugueses são chamados a dar o seu parecer. É um dos aspectos da democracia. Neste caso, os portugueses poderão “votar” se concordam ou não, com o texto da constituição europeia.


- E qual é o texto? – Perguntou-me.


Ora aqui está uma questão que eu não sei responder, mas que também ninguém sabe. Lá lhe tentei explicar que o texto ainda não está pronto e que ainda deverá demorar algum tempo até sabermos qual será.


Pensou um pouco, e voltou à carga:


- Papá, ensinaste-me que não podemos avaliar o que desconhecemos. E se ninguém sabe qual é esse texto, como podemos concordar ou não? Não faz sentido falar em referendos nesta altura, certo?


Entendi onde ele queria chegar: uma vez que não se sabe qual o conteúdo do texto da constituição, é muito cedo para se falar em referendo – “papá, isso é pôr os carros à frente dos bois!”. Mas a questão mais importante que retirei desta conversa é: se os portugueses serão bem informados sobre esta tão importante decisão que se avizinha e que irá condicionar o futuro de todos nós? Com ou sem referendo, espero que os responsáveis políticos iniciem uma campanha de informação sobre o texto da constituição europeia, antes de ele ser aprovado.

Como é possível que ultimamente se fale tanto na “epidemia do século XXI”… e no extremo oposto milhões de crianças morrem à fome… - Escrito em 2007-06

Corria o ano de 1950, e o mundo enfrentava grandes dificuldades. A 2º Grande Guerra Mundial tinha terminado há meia dúzia de anos e as crianças enfrentavam enormes dificuldades: a alimentação era deficiente, os cuidados médicos eram escassos, os pais não tinham dinheiro e por isso retiravam-nas das escolas e punham-nas a trabalhar de sol a sol. Mais de metade das crianças europeias não sabia ler nem escrever…
Nesse ano, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que criassem um dia dedicado a todas as crianças do mundo: independente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, a ONU reconheceu que as crianças necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho. Ficou assim estabelecido o dia 1 de Junho como o “Dia Mundial da Criança”.
Hoje são muitos os festejos que se vão realizar um pouco por todo o mundo – ainda bem que assim é! Muitas são as crianças que vão receber prendas e que vão participar em iniciativas que as vão divertir muito. Não há nada mais gratificante do que o sorriso de uma criança. No entanto, não podemos esquecer que hoje são mais as crianças que sofrem do que há 57 anos atrás… é verdade! Apesar das muitas iniciativas de solidariedade que se efectuaram, das muitas campanhas na televisão a favor das crianças, da muita pressão efectuada sobre os governos, a situação está pior! Bem pior: é a fome, a pobreza e as guerras nos países menos desenvolvidos; e a violência, o abuso sexual e o tráfico de crianças nos países mais desenvolvidos. É uma catástrofe global que tem sido camuflada. Sim, camuflada! Como é possível que ultimamente se fale tanto na “epidemia do século XXI”, a obesidade infantil (excessos alimentares), e no extremo oposto milhões de crianças morrem à fome… e não se vê governo nenhum a fazer algo para alterar a situação. Ignoram-se estas crianças que vivem em extrema dificuldade. Não admira que aquelas que conseguem sobreviver, ou para sobreviver, se tornem em armas mortais, em perigosos terroristas, como acontece em vários países da África e Ásia. O fosso entre ricos e pobres é cada vez maior, e o pior é que vivem lado a lado. Como se sentirá uma criança que tem fome e que vive perto de uma cidade ou país em que os excessos alimentares são uma das principais causas de morte?

“…arrependeram-se da mudança do regime e afinal Salazar é que tinha razão…” - Escrito em 2007-04-26 18:24:56

Comemorou-se esta semana o 25 de Abril, o Dia da Liberdade, mas sem pompa nem circunstância. Aliás, tem-se verificado nestes últimos anos pouca vontade de o fazer, tanto por parte da classe politica como pela população em geral. E porquê?
O Presidente da República veio a público dizer que as comemorações na Assembleia da República não fazem mais sentido, pelo menos no formato actual, e que é preciso informar os jovens sobre o verdadeiro significado do 25 de Abril.
Concordo plenamente! A recente nomeação de António Salazar como o melhor português de sempre veio confirmar que é necessário uma maior intervenção sobre a matéria. Ou então, mudar o regime outra vez. Chocado? Vamos raciocinar sobre o assunto:
Durante mais de 50 anos, Portugal viveu numa “Ditadura Salazarista”, até que em 1974 um movimento militar com apoio popular derrubou o regime. Não sei como era a vida antes de 74, não era nascido, mas pelo que me contam e o que passa na comunicação social, era um regime autoritário, que perseguia pessoas cujas orientações políticas não fossem as mesmas que as do regime, não havia liberdade de expressão, a economia era má, enfim, um quadro negro.
Aquando da Revolução dos Cravos, o país saiu à rua para comemorar o derrube de uma política que não agradava aos portugueses e cujo responsável tinha sido Salazar – apesar de já não governar o país desde 1968, mantinha-se a mesma linha política iniciada por ele em 1933.
Ora, baseado nestes factos, sempre pensei que se haveria alguém de quem não se devia gostar seria de António Oliveira Salazar e consequentemente o seu regime ditatorial. Então como foi possível votarem nele para o melhor português de sempre?
Bem, leva-me à seguinte conclusão:
Os jovens, como não viveram naqueles tempos, desconhecem quem é Salazar ou então, como eu, o que sabem é o que passa na comunicação social; foi um Ditador, que fez muito mal à população, e daí a Revolução do 25 de Abril para acabar com o regime por ele criado e mantido durante meio século. Assim sendo, não foram os jovens que votaram no Salazar.


Se não foram os jovens que votaram em Salazar, então, logicamente, foram os mais velhos. Os que viveram nos tempos da ditadura…


Os que viveram nos tempos da ditadura???? Espera aí!! Os mais velhos que viveram na Ditadura e depois de 1974 na Democracia, arrependeram-se da mudança do regime e afinal Salazar é que tinha razão… ou a história está mal contada?


Continuamos a aguardar que D. Sebastião regresse numa manhã de nevoeiro…

“Olha para o que eu digo, não faças o que eu faço” - Escrito em 2007-03-27 13:43:48

O Cardeal Tarcisio Bertone, número dois do Vaticano, anunciou recentemente que o Papa Bento XVI vai oferecer a todos os empregados do Vaticano um bónus de 500 euros, por ocasião do seu 80.º aniversário, que se celebra a 16 de Abril, dia que será excepcionalmente feriado para se comemorar a data. As festividades continuam e terão o seu apogeu no dia 19 de Abril, data em que se comemoram dois anos do seu pontificado.
Em 2005, os empregados do Vaticano, mais de mil, receberam dois bónus: 500 euros a cada um, devido à eleição do Cardeal Joseph Ratzinger para o posto de Sumo Pontífice, e mil euros a cada um, atribuídos durante a vacatura do cargo de Papa, entre a morte de João Paulo II e a eleição do seu sucessor.
Alegria, júbilo e vivas ao Papa! Estes devem ser sentimentos comuns entre os funcionários do Vaticano. Claro que a mesma sensação de satisfação seria sentida por qualquer funcionário de uma empresa, se recebesse 500 euros porque o Patrão está de aniversário (VIVA O CHEFE, É O MELHOR PATRÃO DO MUNDO!). Completava-se a alegria se esse dia fosse feriado para os mesmos. Devo confessar que eu mesmo daria alguns saltos de felicidade se tal acontecesse comigo.
Mas vejamos o seguinte: não diz a religião católica que devemos ter uma vida desapegada dos bens materiais? Amor, compaixão, ajuda aos mais necessitados: não são estas as bases do Cristianismo? Não é o Papa o mais alto representante desta filosofia milenar?
Desde há muito que o Vaticano apela aos países mais ricos para ajudarem os milhões de seres humanos que morrem de fome um pouco por todo o planeta… e então? Não devia o Vaticano dar o exemplo? A não ser que tenha sido aprovada uma nova “máxima”: “olha para o que eu digo, não faças o que eu faço!”
Feitas as contas, e não contabilizando os custos das festividades, em menos de dois anos, o Vaticano deu aos seus funcionários DOIS MILHÕES DE EUROS EM BÓNUS.
Vossa Santidade, Papa Bento XVI: com este dinheiro, quantos milhares de crianças seriam salvas de morrer à fome?
Que Deus as ajude…

Pêndulo do Apocalipse - Escrito em 2007-01-18 14:05:01

Quando em Junho de 1905 Albert Einstein formulou a teoria da relatividade, estava longe de imaginar que essa sua grande descoberta científica iria colocar toda a humanidade em risco de extinção. Ele que até era um pacifista e que se impôs contra as armas nucleares.
A partir da teoria da relatividade vários cientistas criaram as armas de destruição em massa. O mais conhecido projecto foi chamado de “Manhattan”, que criou a bomba atómica lançada pela primeira vez na Hiroshima, no contexto da segunda grande guerra mundial. Na década de 40, cientistas de Chicago, que participaram no “Manhattan”, criaram um relógio para alertar sobre os perigos das armas de destruição massiva e a sua proliferação: o relógio do Juízo Final, conhecido como Pêndulo do Apocalipse, marca simbolicamente o tempo que falta para a destruição total; acertado em 1947 pelos directores do Boletim dos Cientistas Atómicos para as 23:53h, os ponteiros do relógio foram mexidos mais 17 vezes devido ás alterações da ordem mundial. Esta semana foi outra vez corrigido: o relógio atómico está novamente a 7 minutos da meia-noite, reflectindo o estado perigoso em que se encontra o planeta.
Os inúmeros conflitos que existem e os que podem acontecer – como é o caso da Coreia do Norte que, se ainda não tem, procura obter armas de destruição em massa; o conflito latente entre a Índia e Paquistão (ambas potências nucleares); a possibilidade de Taiwan declarar a independência provocando a também nuclear China; um possível ataque preventivo de Israel às aspirações nucleares Iranianas; e as 2.000 bombas prontas a disparar das milhares que existem dos E.U.A. e União Soviética – colocam o mundo à beira do abismo. Se somarmos a tudo isso as milhares de pessoas que morrem pelos conflitos existentes, pelas forças da natureza, pela fome e pelos vírus, podemos dizer que vivemos numa nova Idade Média e que o nome dado a este relógio, Pêndulo do Apocalipse, encaixa como uma luva. Analogamente, podemos encontrar algumas semelhanças entre os mais recentes desenvolvimentos ao nível planetário com o que vem descrito na Bíblia, na Revelação de João. Não quero com estas crónicas que pense que sou muito negativista, sou, muito pelo contrário, uma pessoa muito optimista. Mas assusta-me que tanto poder esteja em mãos de muitos insensatos e extremistas, sejam eles religiosos ou capitalistas. Procuro alertar para os perigos que a qualquer momento nos vão bater à porta. Espero estar preparado para isso. Pelo menos psicologicamente.

Viver - Escrito em 2006-12-22 14:30:33

Chegámos ao fim de mais um ano. Morre 2006 nasce 2007. Gostava muito de nesta minha ultima crónica de 2006 escrever que este ano conseguimos melhorar o planeta Terra:
“Foi um ano muito bom para a humanidade! Acabaram-se as guerras. Já não morrem milhares de pessoas em conflitos bélicos por causa de dinheiro, poder ou diferenças religiosas. Os líderes mundiais compreenderam que as emissões poluentes das grandes empresas estão a provocar terríveis alterações climáticas por isso começaram a usar energias não poluentes. Foi encontrada a vacina contra a sida e cancro. Já não morrem milhões de crianças por causa da fome: os que têm muito dinheiro decidiram partilhá-lo com quem não tem nada e há um esforço sem precedentes de todas as nações para ajudar os países mais pobres. A sociedade começou a valorizar e ajudar mais as famílias e os divórcios diminuíram. Finalmente, vivemos numa sociedade de respeito e de ajuda mútua. Já podemos andar na rua sossegados, sem nos preocuparmos em ser assaltados. Acabou-se a corrupção. Não há drogas nas ruas. As mulheres não precisam mais de se “prostituir”, nem necessitam de se “apaixonar” por dinheiro. Acreditamos nos políticos…”

Sinceramente, gostava muito que fosse realidade… mas não é! Muito pelo contrário! De ano para ano, está tudo muito pior. E você sabe que é verdade! Você… e quase todas as pessoas. Claro que você contribui todos os dias, nem que seja em pormenores, para um mundo melhor. Eu sei! Mas nem toda a gente é assim… muitos continuam impávidos e serenos. Como robots. A assistirem pela televisão, como um filme – “não é nada comigo, acontece tudo lá fora, não me atinge…” – até um dia. Mais tarde ou mais cedo, acontece a qualquer um.

Tenho estado mais atento nestes últimos anos a tudo o que me rodeia. Reflicto muito sobre o porquê e a razão de muitas coisas. Uma das conclusões óbvias a que cheguei é que tudo na vida (a natureza, as civilizações, o Homem, as sociedades, as empresas, as famílias…) nasce, cresce, tem o seu período de maturidade, envelhece, adoece e morre. A diferença está apenas no tempo em que demora este percurso. Tudo é efémero! Assim sendo, vem-me à mente uma questão: para que serve viver, se é apenas uma questão de tempo até acabar? Não acredito que seja só para procuramos o consumo, o prazer, a luxúria… Afinal de contas, acabamos por morrer, e depois para que serviu isso tudo? E os bens que deixamos? São outros que vão usufruir deles. Não posso acreditar que o homem é apenas uma bactéria que devora tudo o que o rodeia. Acredito que a vida tem um propósito! Mas não o que nos ensinam. A forma como vivemos não me parece a mais correcta, pelas razões óbvias. Há com certeza algo mais que esquecemos e que urge recordar. Está na hora de reflectir sobre o que é realmente importante. Neste final do ano, convido-o a reflectir sobre o que é “Viver”.

Analisando o passado, podemos compreender que nos esperam muitas dificuldades em 2007. Seja ao nível dos conflitos, intempéries, ou mesmo ao nível económico-social. Seja como fôr, enfrente de cabeça erguida todas as adversidades, consciência tranquila, amor no coração e um sorriso nos lábios. Que o próximo ano lhe traga os melhores benefícios no seu percurso evolutivo. Até pró ano.

25 de Dezembro - Escrito em 2006-12-13 14:33:58

O Natal é uma tradição que remonta a muito antes do nascimento de Jesus há cerca de 2.000 anos atrás, na Palestina.

É uma das quatro mais importantes celebrações do ano: o Natal, a Páscoa, a festa de S. João e a festa de S. Miguel. Ao longo de um ano o Sol passa pelos quatro pontos cardeais que marcam o Equinócio de Primavera, o Solstício de Verão, o Equinócio de Outono e o Solstício de Inverno. Durante estes períodos produzem-se na Natureza grandes fluxos e circulações de energias que influenciam a terra e todos os seres que nela habitam.


Muitos séculos antes da era Cristã, o 25 de Dezembro já era comemorado: Na Índia era vivido na forma de um festival religioso, durante o qual o povo ornamentava as suas casas com flores e as pessoas trocavam presentes com amigos e familiares; na China era celebrado o Solstício de Inverno, fechava-se todo o comércio e celebrava-se em família; os antigos Persas celebravam esplêndidas cerimónias em homenagem a Mitra, cujo nascimento ocorrera a 25 de Dezembro. Vários deuses egípcios nasceram neste dia: Osíris, filho da santa virgem e deusa Nut, nasceu a 25 de Dezembro. Os gregos celebravam neste dia o nascimento de Hércules.
Em praticamente todas as histórias religiosas de povos antigos encontramos celebrações idênticas às referidas: os primitivos Germânicos; os escandinavos – neste período comemoravam a Festa do Yule, termo que ainda sobrevive designando a Véspera de Natal; os Druidas na Grã-Bretanha e na Irlanda; e mesmo os povos pré-colombianos.

Na tradição Cristã, celebramos o nascimento de Jesus. Comemoramos, aproximadamente, como todas as civilizações antigas: troca de prendas, cerimónias religiosas e reuniões familiares.


Claro que pouca gente se lembra do verdadeiro Espírito Natalício: infelizmente o Natal está “americanizado”, embebedado por uma cultura consumista, aproveitando-se de um homem santo, de nome S. Nicolau ou Pai Natal, que em tempos distribuía bens aos mais necessitados. Assistimos a campanhas comerciais apelando e hipnotizando o povo e conduzindo-o a um consumismo desenfreado, deixando para ultimo plano, ou mesmo escondendo, que esta é uma altura de reflexão, comunhão, humildade e partilha de sentimentos fraternais. Desejo que neste Natal esteja em paz, com o coração cheio de amor, junto dos seus entes mais queridos e envolvido em fraternidade e felicidade.
Bem hajam, os que vivem com o coração em paz!

NATO – Ainda há razões para a sua existência? - Escrito em 2006-11-29 20:06:27

A NATO (North Atlantic Treaty Organization – em Português, OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte) nasceu em Washington (EUA) em 4 de Abril de 1949. É uma organização internacional de países ocidentais, de colaboração militar mutua, criada com o objectivo de se opor ao bloco comunista no contexto da guerra-fria; de referir que, alguns anos após nascer a Aliança Atlântica, os países do bloco de leste criaram a Aliança Militar do Leste Europeu, através do Pacto de Varsóvia.

- “os objectivos que a orientaram durante quatro décadas desapareceram subitamente”-
Os países que integram a NATO são: EUA, Alemanha (antes da reunificação alemã, a Republica Federal da Alemanha), Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido, Turquia, Portugal, e a partir de 1999, países do antigo Pacto de Varsóvia: Hungria, Polónia e Republica Checa. Com o fim da guerra-fria e a queda do Bloco de Leste no final da década de 80, o motivo e os objectivos que a orientaram durante quatro décadas desapareceram subitamente. Partida a pedra angular da NATO, esta dedicou-se à protecção da Europa e ao seu alargamento aos países de Leste. Bem… esta visão é, no mínimo, duvidosa: durante a década de 90 assistimos, impotentes e mal informados, a guerras e perseguições étnicas nos países derrotados na guerra-fria – os mais frágeis. Seriam uma ameaça ou um obstáculo? Foram muitos os massacres, ainda mal explicados…

- “NATO tornou-se num clube restrito, uma “Policia Mundial”” -
Invocando a clausula da NATO que diz que se um pais membro for atacado todos os outros vão em seu auxilio, os EUA, após os ataques em 2001 às torres do WTC, lideraram os restantes países da Aliança na invasão do Afeganistão, acusando os Talibans de ajudarem e protegerem a Al-Quaeda, segundo os americanos, responsável pelo terror que atingiu o maior centro económico mundial, mesmo no coração da terra do Tio Sam. Face às suas actividades, desde o fim da razão da sua existência até aos nossos dias, a NATO tornou-se num clube restrito, uma “Polícia Mundial”, comandada pelos interesses norte-americanos.

- “…os comandantes no terreno põem em causa a vitória e suplicam…” -
Neste momento a NATO ainda comanda no Afeganistão a maior operação militar dos seus quase 60 anos de história. Nos últimos meses, os ataques dos Talibans às forças ocidentais, principalmente a sul, tiveram um importante aumento, de tal forma que os comandantes no terreno põem em causa a vitória e suplicam por mais meios logísticos e humanos. Mas a maioria dos países está reticente em colaborar. Esta semana realizou-se a urgentíssima cimeira “Atlântica”, tendo como principal tema a enorme dificuldade que estão a sentir nas batalhas do Afeganistão. A situação é tão grave que já se põe em causa a existência da NATO e a segurança mundial. Aliás, o desespero é tal que, apesar de não chegar às duas centenas de homens, o próprio presidente Bush mencionou pela primeira vez, a colaboração Portuguesa – não vão os lusitanos desmotivarem…

A Aliança Atlântica, pelas razões óbvias, está sem crédito e moribunda. Talvez por isso se estejam a verificar movimentações para a criação de outras “Alianças” – esteja atento aos presidentes Russo e Francês, e por incrível que pareça, também ao Iraniano…

“FAILURE” – O falhanço à escala mundial. - Escrito em 2006-11-16 15:22:12

George Walker Bush nasceu em New Haven (Connecticut/E.U.A.) em 6 de Julho 1946.

“ingressou na irmandade DELTA KAPPA EPSILON e na sociedade secreta SKULL AND BONES”Oriundo de uma família rica e poderosa, foi levado muito jovem para Midland, na zona petrolífera do Texas, onde foi criado, mudando-se mais tarde para Andover, Massachusetts, entrando na Academia Phillips, um colégio interno frequentado pela elite estudantil, onde passou os anos 1961 a 1964, tendo obtido notas regularmente medíocres. Apesar de ser um mau aluno e a sua pontuação no SAT (Scholastic Aptitude Test – exame educacional padronizado nos E.U.A.) ser abaixo 200 pontos da média dos caloiros, frequentou entre 1964 e 1968 a exclusivíssima Universidade de Yale: graças à influência da sua família. Continuando a ter más notas, George W. Bush ingressou na irmandade DELTA KAPPA EPSILON – da qual foi presidente desde Outubro de 1965 até à sua formatura – e na sociedade secreta SKULL AND BONES (CAVEIRA E OSSOS).“… foi nesta época que Bush se começou a embriagar regularmente.”Em 1970, após a sua formatura, Bush viu-se obrigado a prestar serviço militar. Embora tenha expressado publicamente o seu apoio à guerra do Vietname não queria participar nela e, mais uma vez usando a influência familiar, alista-se na “Texas Air National Guard”, unidade militar formada quase exclusivamente por jovens membros de famílias abastadas que não corria risco de ser enviada para a guerra. Ainda em 1970, recebeu autorização para transferir-se para o Alabama com o propósito de trabalhar como director político na campanha de Winton M. Blounte para o senado nacional. Várias testemunhas relatam que foi nesta época que Bush se começou a embriagar regularmente. Neste mesmo ano, perde as credenciais de voo por “não comparecer aos exames médicos requeridos”. Em 1978, candidatou-se à câmara dos representantes e foi derrotado. Em 1979, Bush começou a sua carreira na indústria do petróleo e nos anos seguintes levou várias empresas à falência, vendo-se envolvido, e investigado, em negócios pouco claros.“A sua politica de agressividade externa tornou o planeta num lugar inseguro”Após umas polémicas e acirradas eleições, George W. Bush foi eleito presidente dos E.U.A. em 20 de Janeiro de 2001. Daí para cá, o mundo nunca mais foi o mesmo. A sua política de agressividade externa tornou o planeta num lugar inseguro. Aliás, a derrota dos republicanos nas eleições primárias (o que não acontecia desde 1994) no passado dia 7 de Novembro e a consequente demissão do braço direito de Bush, Donald Rumsfeld, é prova de que até o próprio povo Americano se apercebeu do falhanço, em todos os níveis, da politica do presidente Bush.Já agora, uma curiosidade interessantíssima: se fôr ao maior motor de busca do mundo na internet, o Google (www.google.com), e procurar por “FAILURE” (falha/falhado), para além de ficar surpreendido, vai perceber onde eu quero chegar.

Mais um muro da vergonha - Escrito em 2006-10-31 17:31:54

Durante perto de 30 anos o mundo esteve dividido em dois blocos pelo chamado “Muro da Vergonha”. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, o Muro de Berlim simbolizava a divisão da Alemanha em duas entidades estatais: a República Federal da Alemanha (RFA – Berlim Ocidental) e a República Democrática Alemã (RDA – Berlim Oriental). Para além de dividir a capital alemã, este muro simbolizava também a separação do mundo em dois blocos: o lado Ocidental, constituído pelos países capitalistas liderados pelos Estados Unidos da América; e o lado Oriental, constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime comunista soviético. Com 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda, este muro provocou a morte de centenas de pessoas identificadas e milhares de feridos e aprisionados nas diversas tentativas de o transpor. Mas muitas mais foram as vítimas, na luta pelo derrube desta vergonha humana. Inspirados pela luta da liberdade, do fim da pobreza e da prosperidade, que tanto era apregoada pela propaganda americana, muitos foram aqueles que dedicaram a vida a uma causa muito nobre: um mundo melhor! O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, reunificando “as duas Alemanhas” e formando a República Federal da Alemanha. Acabou-se a divisão do mundo em dois blocos, chegou ao fim a guerra-fria, e muitos foram aqueles que aplaudiram e sentiram os seus sonhos realizados. Com promessas de nunca mais se erguerem muros que dividam a humanidade, muitos foram aqueles que pensaram que tinha chegado a hora de um mundo melhor… Eis que, após o aumento das guerras, da fome no mundo, da exclusão social e da destruição quase total dos recursos naturais do planeta, um novo muro surge! Na próxima semana assinalam-se os 17 anos da queda do muro de Berlim e neste momento os Estados Unidos da América, que lideraram os Aliados na vitória sobre o muro da vergonha, estão a construir um novo muro! Com a extensão de cerca de 1.125km de betão, vários metros de altura, vigiado por tecnologia militar americana, este muro separa os Estados Unidos da América do México, e tem como função impedir a passagem de emigrantes clandestinos… (???) Então??? E as promessas de nunca mais se dividir a humanidade, aquando da queda do muro de Berlim? E os milhares que morreram por isso? Surpreendentemente, ninguém fala, para já, no assunto. Nem mesmo a comunicação social, que na queda do muro de Berlim teve um papel fundamental. Leva-me a pensar que os milhares que morreram pelos ideais de liberdade e futuro melhor morreram em vão… Mais um “Muro da Vergonha”… quantos não irão morrer por mais uma queda, pelo fim de mais uma divisão?

“Sabia que os E.U.A. mantêm na Europa 480 bombas nucleares prontas a serem usadas a qualquer momento?” - Escrito em 2006-10-17 19:32:49

As bombas nucleares lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente, determinaram mais do que o fim da Segunda Grande Guerra Mundial, elas inauguraram a era do Nuclear e o Big Boom cientifico.

“É muito mais fácil construir uma bomba nuclear do que um reactor para geração de electricidade”

As bombas provocaram uma corrida ao nuclear que envolveu quase todas as nações; mesmo países de menor expressão científica criaram suas Comissões Nacionais de Energia Nuclear, buscando conhecer e disciplinar o uso das técnicas advindas das actividades relacionadas com a área nuclear. Os mais desenvolvidos criaram programas para o uso pacífico dessa nova forma de energia, porém, sempre com um programa militar paralelo. Foi no período “pós-bomba” que teve início o desenvolvimento dos primeiros reactores nucleares de potência para a geração de energia eléctrica.
Refira-se que é muito mais fácil construir uma bomba nuclear do que um reactor para geração de electricidade.

“Sabia que os E.U.A. mantêm na Europa 480 bombas nucleares prontas a serem usadas a qualquer momento?”

A recente crise nuclear desencadeada pela Coreia do Norte mais não é do que trazer de volta à mente humana um problema antigo, apocalíptico, que diz respeito a todo o Planeta. É grave a península norte-coreana possuir armamento atómico. Mas o perigo não se reduz a este pais do extremo oriente: são quase meia centena de países que possuem ou têm capacidade para produzir bombas atómicas; e alguns estão em conflito militar com outros ou representam uma ameaça à estabilidade mundial, como é o caso do Irão, Israel, Índia, Paquistão, E.U.A., entre outros. Lembre-se que os únicos em toda a história conhecida da humanidade que ceifaram milhares de vidas com armamento nuclear foram os Estados Unidos da América. E que ainda hoje possuem mais de 10 mil bombas atómicas. A propósito, sabia que os E.U.A. mantêm na Europa 480 bombas nucleares, espalhadas pelo Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia, prontas a serem usadas a qualquer momento?

“Podemos imaginar o que aconteceria se uma bomba atómica chegasse às mãos de um terrorista”
Está fresca na memória o acidente nuclear de Chernobyl em 26 de Abril de 1986, que provocou milhares de vitimas e lançou uma nuvem de radioactividade atingindo a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido. Podemos imaginar o que aconteceria se uma bomba atómica chegasse às mãos de um terrorista, mas pouca gente sonha como é fácil obter informações para a construção de uma. A informação está quase toda disponível, para quem quiser: a Internet, filha da guerra fria, concebida pelos militares Americanos em meados dos anos 60 e a World Wide Web (WWW), criada por físicos nucleares em 1989/90 com o objectivo de trocar dados e resultados de pesquisa, a longa distância, de forma rápida e segura.

Penso que não há dúvidas: Paga-se um preço Bíblico pelo uso do nuclear!

Analogia - Escrito em 2006-10-05 15:04:09

A humanidade espalhou-se pelo planeta durante o mais recente período da era quaternária, principalmente após a última glaciação. Quanto ao impacto na natureza, o homem distingue-se dos animais pela sua capacidade de alterar o espaço à sua volta. O mundo, tal como o conhecemos hoje, é o resultado de milhares de anos de evolução do pensamento do Homo sapiens sapiens. As alterações do clima são acontecimentos naturais que ocorrem desde sempre. Contudo, durante o último século, as alterações registadas têm sido mais pronunciadas do que em qualquer período registado até ao momento.
O aumento da concentração dos gases de estufa na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono, tem sido apontado como uma das principais causas destas alterações, que terão impactos directos negativos sobre os ecossistemas terrestres, nos diversos sectores socio-económicos mundiais, na saúde pública e na qualidade de vida das pessoas em geral. “A grande maioria dos cientistas acredita que estas alterações climáticas são causadas pela poluição humana… mas há quem discorde” Uma série de explosões solares está a afectar a Terra. De acordo com a Agência Espacial Norte-americana (Nasa), o campo magnético da Terra é atingido regularmente, e com maior incidência nestes últimos anos, pelo aumento de radiação causado pelas tempestades solares, o que afecta a operação de satélites, redes de energia de alta tensão, as telecomunicações e… o clima.Al Gore diz: "Todos nós já tomamos conhecimento de experiências surpreendentes, (…) seja a nova frequência de dias em que a temperatura ultrapassa os 38 graus centígrados, seja a nova rapidez com que o Sol queima a nossa pele."Hoje, após algumas décadas de pesquisa, os cientistas estão a chegar à conclusão de que "algo muito, muito diferente está a ocorrer com o Sol” e que este será na realidade o causador das alterações climáticas e o grande responsável pelos buracos na camada de ozono.Actualmente existe a suspeita de que as alterações consideradas "normais" na velocidade de rotação da Terra sejam também decorrência da actividade solar alterada. A Terra está a tremer continuamente, o que provoca uma alteração de alguns milissegundos na duração do dia. Parece pouco? Um espanto na opinião de muitos cientistas, quando se considera que a massa do planeta é de 6 sextilhões de toneladas….
“Parte da Terra vai ser um deserto”
Segundo a previsão de um relatório de peritos encomendado pelo gabinete de Meteorologia do Reino Unido, divulgado esta semana, o aquecimento global fará com que um terço da terra seja um deserto em 2100…. Independente das causas, o certo é que as alterações climáticas já matam milhares todos os anos e, segundo os cientistas, o pior ainda está para vir… e esta mesmo aí… ao virar da esquina. Vamos continuar a fugir da realidade? E vamos para onde?

Analogia - Escrito em 2006-09-19 11:16:05

“…e olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa e saiu vitorioso, para vencer.”

Quando a 7 de Março de 1920, Joseph Ratzinger (Pai), um polícia rural, publicou num jornal católico Alemão um anúncio para encontrar cônjuge, estava longe de imaginar que essa sua missiva iria mudar o destino de todo o planeta.
“Funcionário médio do estado, solteiro, católico, de 43 anos, com direito a reforma, pretende celebrar casamento com uma rapariga católica, que saiba cozinhar e se possível costurar, com património” lia-se no jornal “Altoettinger Liebfrauenbote” (“Correio da nossa Senhora de Altotting”) – refira-se que se fosse no nosso tempo, muito dificilmente encontraria alguém com essas características dada a escassez de mulheres solteiras que saibam cozinhar, ou muito menos costurar. Mas esta que foi a sua segunda tentativa na imprensa, chamou a atenção de Maria Peitner, uma cozinheira, com quem acabou por casar nesse mesmo ano. Tiveram três filhos: Maria (nascida em 1921 e falecida em 1991), Georg (que agora conta com 82 anos) e Joseph Alois Ratzinger conhecido nos nossos dias como o Sumo Pontífice da Igreja Católica, Papa Bento XVI.
Sucessor de João Paulo II, e eleito Papa a 19 de Abril de 2005 numa das votações mais rápidas de sempre pelo colégio de cardeais – Só com quatro votações e a duração de apenas 22 horas -, adoptou o nome Bento XVI em homenagem ao italiano Giacomo della Chiesa, que como Papa Bento XV entre 1914 e 1922 tentou, sem sucesso, negociar a Paz na primeira guerra mundial, e a São Bento de Núrsia (483/547 D.C.), fundador da Ordem Beneditina e padroeiro da Europa (após as invasões bárbaras, os mosteiros de São Bento foram responsáveis pela manutenção da cultura latina e grega, e pela evangelização da Europa): a escolha do nome deste Santo leva a crer que uma das prioridades do Papado de Bento XVI será a "recristianização da Europa".
A 12 de Setembro de 2006 o Papa Bento XVI num discurso em Ratisbona, na Alemanha, citando um dialogo entre o imperador Bizantino Manuel II Paleólogo (1391) e um erudito persa, em que há criticas à actuação de Maomé (o Imperador desafiava o erudito a revelar coisas novas que se devesse a Maomé respondendo ele mesmo que só encontraria coisas “más e desumanas como ordem de difundir, através da espada, a fé predicada”), levou o mundo muçulmano a revoltar-se contra a igreja católica e a deixar extremamente preocupados os cristãos: igrejas queimadas, uma freira morta no Sudão e inúmeras manifestações, umas mais, outras menos violentas, têm marcado estes últimos dias. Mesmo após Bento XVI ter-se mostrado “vivamente entristecido” pela interpretação das suas declarações “que não exprimem de forma alguma o seu pensamento pessoal”, os países Islâmicos que integram o Concelho dos Direitos Humanos da ONU avisam que esta situação ameaça dividir os muçulmanos e o ocidente. Várias organizações muçulmanas de toda a Ásia expressaram o seu profundo mal-estar com as declarações de Bento XVI que consideram um insulto ao Islão e o seu profeta. A Malásia, que detém a presidência rotativa da Organização da Conferência Islâmica (OCI), qualificou de inadequada a explicação do Papa. Espera-nos mais violência, mais intolerância, maior dificuldade de comunicação e a um afastamento cada vez maior entre culturas que irá levar inevitavelmente a um confronto violento entre nações de onde não sairão vencedores: mas as vitimas serão aos milhares.
As palavras do chefe máximo da igreja católica foram mais uma “flecha” nas tensas relações entre Cristãos, Muçulmanos e Judeus. Um velho sábio disse-me um dia que a “vida trás tudo de novo e nada de novo”… e com razão! O ser humano ainda não aprendeu! O que se passa na actualidade é uma repetição análoga do que aconteceu à cerca de 2000 anos atrás – guerra declarada entre religiões e milhares de vitimas inocentes. Resta-nos esperar por mais um Salvador que dê inicio a uma nova era.

Analogia - Escrito em 2005-03-21 14:08:22

Um discípulo perguntou ao seu Mestre: "Mestre: o que é a vida?".

E o Mestre respondeu: "Vai para a rua, caminha por elas e visita as três primeiras tendas que encontres".

O discípulo entrou na primeira tenda que encontrou e viu que as pessoas trabalhavam com metal.

Entrou na segunda tenda e viu que as pessoas trabalhavam com cordas.

Entrou na terceira tenda e viu uma carpintaria.

O discípulo pensou então: "será que isto é que é a vida?"

Voltou para o Mestre para ser esclarecido e este lhe disse: "Agora você encontrou o caminho para descobrir a vida e um dia compreenderá".

O discípulo ficou muito aborrecido por não ter compreendido, mas como nada podia fazer foi percorrer o mundo. Anos depois chegou a um jardim onde ouviu uma música tocada por um instrumento que não conhecia. Era uma cítara. Ficou encantado com o som e de repente percebeu que os carpinteiros, os ferreiros e as outras pessoas que trabalhavam nas tendas, faziam parte da construção de um todo.

O discípulo teve um estalo, levantou-se e dançou. O músico, surpreso, parou de tocar, mas o homem continuou dançando e o músico perguntou: "O que há com você? Ele respondeu: "Agora entendi o que é a vida, ela é tudo! Anos atrás entrei em três tendas e não havia cítara, nem havia música, mas todas as peças estavam lá. Precisava apenas colocá-las em ordem e reuni-las em um todo."

Analogia - Escrito em 2005-03-02 17:33:32

O Planeta está a atravessar por estranhas manifestações da natureza. É evidente o desequilíbrio: temperaturas exageradamente baixas no Inverno e o inverso no verão. Tempestades bíblicas, terramotos que chegam a mexer com a rotação da terra – como o da Ásia em Dezembro de 2004. Nunca na história recente se viu semelhante. Diz-se que estas alterações climáticas são provocadas pela poluição humana! Mas... será? Em poucos anos – talvez pouco mais de 30 – todo o clima no planeta mudou! Não foi muito rápido? Um ecossistema com milhões de anos alterado pelo homem em apenas 100/150 anos de poluição? Será que este planeta não se aguentava mais tempo?
O século 20 ficou marcado pelos grandes genocídios, guerras, divisões territoriais e a deslocação de milhares de refugiados, expatriados: Foi a primeira guerra mundial com diversas atrocidades – algumas mais conhecidas do que outras; como foi o caso do da Arménia em que morreram milhares de homens, mulheres e crianças. Curiosamente esta matança não foi por causa dos combates directos da guerra "louca e irresponsável" que só serviu interesses de alguns poderosos. Podemos também referir a 2º guerra mundial com histórias dramáticas, impressionantes, dignas do "Inferno" de Dante. Mas muitas outras guerras, revoluções e extermínios aconteceram por todo o planeta – Africa, Ásia, América do Sul, Europa e até mesmo no esquecido Tibete. Este Século foi o mais violento de que há memoria! mesmo recordando os terríveis relatos da idade média europeia não encontramos algo que se compare. O pior é que apesar de virarmos o milénio, nada mudou! Continuam os conflitos: Médio Oriente com a morte de milhares; na África o extermínio está imparável; e o clima de tensão permanente entre muitos países, com as questões nucleares na ordem do dia, o terrorismo e as suas consequências…
O mundo, chamado "civilizado" vive "bem" – como nunca! Alimentos, conforto, qualidade de vida, tecnologia. De tal maneira "bem" que faz com que as pessoas pensem que já não necessitam de ninguém para viver... são cada vez mais individualistas, levando a uma grande falta de moral, princípios, educação. Predomina a hipocrisia e o materialismo, o "deus Dinheiro/Poder", ao extremo, e as suas respectivas consequências. Uma das principais causas de morte do homem desta "civilização" é a falha do sistema cardiovascular, devido aos excessos alimentares, falta de exercício… Por outro lado, o mundo chamado de "terceiro" – a maior parte do planeta – vive em condições miseráveis. Milhares de seres humanos morrem neste momento, de fome e sede, de falta de condições de higiene e assistência médica – o "básico" para viver não existe nestas regiões! Há aqui um verdadeiro desequilíbrio, uma contradição, um antagonismo terrível: de um lado morre-se por excesso, do outro por falta. E cada dia que passa é pior!
Falta um "cavaleiro"!
Recentemente aumentou a preocupação da classe médico-cientifica sobre uma possível pandemia ao nível mundial que pode levar à morte de MILHÕES de pessoas. O medo concentra-se na já conhecida "gripe das aves" e a sua propagação aos seres humanos. Mas não é a única "dor de cabeça"! Sida, dengue, ébola, entre outros vírus, ameaçam, silenciosamente e também como "ladrões", a raça humana!
Serão estes os quatro cavaleiros revelados por João na mais conhecida história do planeta?

R.S.

sexta-feira, 13 de março de 2009